PAI NOSSO – A ORAÇÃO QUE O SENHOR NOS ENSINOU

De pecadores que
somos, mas perdoados em Cristo, podemos levantar os olhos para o Pai e dizer
“Pai Nosso! ” A “Oração perfeita” brotou do coração de Jesus quando um dos
discípulos lhe pediu que os ensinassem a rezar (Lc 11,1). São pedidos perfeitos
ao Pai. Saudamos a Deus como Pai – uma ousadia de amor – e lhe fazemos três
pedidos para a Sua Glória e realização de Sua Santa Vontade, e mais quatro
pedidos para nossas necessidades.
Santo Agostinho
disse que o Pai Nosso é a síntese do Evangelho: “Percorrei todas as orações que se encontram nas
Escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas algo que não esteja
incluído na Oração do Senhor. ” De um lado Jesus nos ensina uma
“vida nova”, por palavras, e por outro lado nos ensina a pedi-la ao Pai na
oração, para a podermos viver.
É a oração dos
filhos de Deus, que deve ser rezada com o coração, na intimidade com o Pai,
para que se torne em nos “espirito e vida”; pois o Pai enviou aos nossos
corações o Espirito do Seu Filho que clama em nós Abba, Pai. (Gal 4,6), e nos
fez seus filhos adotivos em Jesus Cristo.
O Catecismo diz
que “A oração dominical é a
mais perfeita das orações… Nela, não só pedimos tudo quanto podemos desejar
corretamente, mas ainda segundo a ordem, em que convém deseja-lo. De modo que
esta oração não só nos ensina a pedir mas ordena também todos os nossos afetos”
(n.2363).
No Pai Nosso Jesus
revela que conhece as nossas necessidades e as revela a nós. É uma oração da
comunidade, pois não dizemos “Meu Pai”, mas “Pai Nosso”.
É Jesus quem nos
dá a ousadia de chamar Deus de Pai, porque só Ele, “depois de ter realizado a purificação dos pecados (Hb
1,3), pode nos introduzir diante da face do Pai: “Eis me aqui com os filhos que
Deus me deu” (Hb 2,13).
Chamar a Deus de
Pai é a oração do Espírito Santo em nós. “Não recebestes um espírito de
escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção
pelo qual clamamos: Abba! Pai! O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito
de que somos filhos de Deus” (Rom 8,15-16). Isto nos leva a ter diante do Pai
uma simplicidade sem rodeios, uma confiança filial, uma segurança jovial e uma
audácia humilde, porque tem certeza de ser amado” (cf. Cat. 2778).
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