sexta-feira, 29 de julho de 2016






PAI NOSSO – A ORAÇÃO QUE O SENHOR NOS ENSINOU



“A oração dominical (Pai-Nosso) é a mais perfeita das orações. Nela não só pedimos tudo quanto podemos desejar corretamente, mas ainda segundo a ordem em quem convém deseja-lo. De modo que esta oração, não só nos ensina a pedir, mas ordena também todos os nossos afetos”. (Santo Tomás de Aquino)



De pecadores que somos, mas perdoados em Cristo, podemos levantar os olhos para o Pai e dizer “Pai Nosso! ” A “Oração perfeita” brotou do coração de Jesus quando um dos discípulos lhe pediu que os ensinassem a rezar (Lc 11,1). São pedidos perfeitos ao Pai. Saudamos a Deus como Pai – uma ousadia de amor – e lhe fazemos três pedidos para a Sua Glória e realização de Sua Santa Vontade, e mais quatro pedidos para nossas necessidades.

Santo Agostinho disse que o Pai Nosso é a síntese do Evangelho: “Percorrei todas as orações que se encontram nas Escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas algo que não esteja incluído na Oração do Senhor. ” De um lado Jesus nos ensina uma “vida nova”, por palavras, e por outro lado nos ensina a pedi-la ao Pai na oração, para a podermos viver.

É a oração dos filhos de Deus, que deve ser rezada com o coração, na intimidade com o Pai, para que se torne em nos “espirito e vida”; pois o Pai enviou aos nossos corações o Espirito do Seu Filho que clama em nós Abba, Pai. (Gal 4,6), e nos fez seus filhos adotivos em Jesus Cristo.

O Catecismo diz que “A oração dominical é a mais perfeita das orações… Nela, não só pedimos tudo quanto podemos desejar corretamente, mas ainda segundo a ordem, em que convém deseja-lo. De modo que esta oração não só nos ensina a pedir mas ordena também todos os nossos afetos” (n.2363).

No Pai Nosso Jesus revela que conhece as nossas necessidades e as revela a nós. É uma oração da comunidade, pois não dizemos “Meu Pai”, mas “Pai Nosso”.

É Jesus quem nos dá a ousadia de chamar Deus de Pai, porque só Ele, “depois de ter realizado a purificação dos pecados (Hb 1,3), pode nos introduzir diante da face do Pai: “Eis me aqui com os filhos que Deus me deu” (Hb 2,13).

Chamar a Deus de Pai é a oração do Espírito Santo em nós. “Não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Abba! Pai! O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus” (Rom 8,15-16). Isto nos leva a ter diante do Pai uma simplicidade sem rodeios, uma confiança filial, uma segurança jovial e uma audácia humilde, porque tem certeza de ser amado” (cf. Cat. 2778).

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