segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A Palavra

A celebração da memória de São Jerônimo, no final do mês, provoca a reflexão sobre força da palavra, especialmente a Palavra de Deus. Jerônimo (+ 420) era presbítero, filósofo, retórico e gramático, capaz de escrever e pensar em latim, em grego, em hebraico. Os seus escritos e a sua presença revelavam uma personalidade forte. Dedicou grande parte da sua vida para tornar acessível a Bíblia e mostrar a sua riqueza.
A carta aos Hebreus, capítulo 4, versículo 12, diz: “Pois, a palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Julga os pensamentos e as intenções do coração”.
É uma palavra viva e eficaz porque é próxima da vida real, fala a partir dos fatos da realidade e exprime o pensamento divino em palavras verdadeiramente humanas. A proximidade permite criar um ambiente de diálogo. O diálogo é possível onde existe escuta e resposta. Ouvir exaustivamente as argumentações do outro e manifestar-se. A conclusão de um diálogo é imprevisível, pois pode ter aceitação da argumentação, mudança de posicionamento ou não. A Bíblia se desenvolve nesta perspectiva dialógica. Dialoga sobre as realidades cotidianas e as transcendentes.
O texto citado fala que a palavra de Deus ajuda a fazer o discernimento. Constantemente há a necessidade de fazer escolhas, tomar posição, decidir. Nem tudo na vida é tão evidente, principalmente quando se trata das decisões existenciais. A existência de inúmeras palavras, nas quais estamos imersos, influenciam nas decisões. Quais delas são as mais profundas? Quais delas vão além das aparências e do imediato. Quais delas falam daquilo que precisamos ouvir e não somente aquilo que queremos ouvir? Uma palavra acertada numa tomada de decisão é sabedoria.
Fonte: Notícias Católicas 

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