quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O Valor da Vida

O início de outubro é dedicado à Semana Nacional da Vida, que neste ano tem como tema “Vida e Sociedade”. Já somos seres humanos na barriga de nossa mãe. No momento em que se dá a fecundação do óvulo pelo sêmen masculino, nasce uma nova vida. Sim, desde aquele primeiro instante da gravidez um novo ser humano está no meio de nós. Este feto que está lá, no útero materno, sendo gestado, não é parte nem do pai e nem da mãe; é um novo ser! Ele está apenas se desenvolvendo até chegar o belo momento do nascimento, e assim poder dividir conosco a vida. É absurda a ideia de que deveríamos esperar semanas ou meses depois da fecundação para considerar que aquele feto seja reconhecido como um ser humano, com direito a prosseguir o seu caminho de vida.
Temos muitas situações angustiantes e será necessário refletir sobre a mulher, sua dignidade e seus machucados. A mulher-mãe deve ser contemplada com carinho e preocupação para que, ao passar por esses momentos de crise, seja apoiada e ajudada a encontrar caminhos. Mas hoje, o nosso assunto é a criança em gestação, o nascituro.
A julgar pelas campanhas nacionais e internacionais, parece que o ser humano respeita mais os ovos de tartaruga e as árvores do que o seu filho no ventre da mãe. O aborto é uma realidade triste de nossos tempos que, devido à propaganda, o número tende a aumentar. Tenta-se utilizar outros termos menos agressivos, como interrupção da gravidez e outros. A noção jurídico-positiva tem uma acepção restrita. Para o médico, abortar é expulsar o feto. O aborto moral baseia-se na realidade do aborto médico, mas acrescenta a peculiaridade da instância ética (o peso da “valoração”, entendida do ponto de vista objetivo como subjetivo).
Por Cardeal Orani João Tempesta – Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

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