Papa
afirma: “rezar é lutar e não refugiar-se num mundo ideal”
Cidade
do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu na manhã deste domingo (16/10), na
Praça S. Pedro, à Santa Missa com o rito de canonização de sete novos santos.
No
início da celebração eucarística, com a participação de milhares de fiéis,
foram canonizados: Salomão Leclercq (1745-1792), José Sanchez do Río
(1913-1928), Manuel González Garcia (1877-1940), Ludovico Pavoni (1784-1849),
Afonso Maria Fusco (1839-1910), Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906) e
José Gabriel do Rosário Brochero (1840-1914). Estavam presentes na Praça
delegações oficiais dos cinco países de proveniência dos santos: Itália,
Argentina, México, França e Espanha.
Apoiar-se
uns nos outros - Em
sua homilia, o Pontífice destacou a importância da oração, que aparece no
centro das leituras bíblicas deste domingo.
No
episódio da batalha contra Amalec, Moisés está de pé no topo da colina com os
braços erguidos; mas de vez em quando, com o peso, seus braços caem e, nesses
momentos, o povo perde; então Aarão e Hur fizeram Moisés sentar-se numa pedra e
sustentavam os seus braços erguidos até à vitória final.
“Este
é o estilo de vida espiritual que a Igreja nos pede: não para vencer a guerra,
mas para vencer a paz! ”, ressaltou o Papa.
No
episódio de Moisés, há uma lição importante: o compromisso da oração exige que
nos apoiemos uns aos outros. O cansaço é inevitável, mas com o apoio dos irmãos
a nossa oração pode continuar, até que o Senhor conclua a sua obra.
Orar
sempre, sem desfalecer - Na
segunda leitura, São Paulo recomenda a Timóteo que permaneça firme naquilo que
aprendeu e acredite firmemente. Contudo, também Timóteo não pode perseverar
sozinho, sem a oração. “Não uma oração esporádica, intermitente, mas feita como
Jesus ensina no Evangelho de hoje: ‘orar sempre, sem desfalecer’. Esta é a
maneira cristã de agir: ser firme na oração para se manter firme na fé e no
testemunho”, explicou Francisco.
Quando
o desânimo aparecer, acrescentou o Papa, devemos nos recordar que não estamos
sós, fazemos parte de um Corpo. Somos membros do Corpo de Cristo, a Igreja. E
só na Igreja e graças à oração da Igreja é que podemos permanecer firmes na fé
e no testemunho.
Rezar
é lutar - Rezar,
prosseguiu, não é refugiar-se num mundo ideal, não é evadir-se numa falsa
tranquilidade egoísta. Pelo contrário, rezar é lutar e deixar que o próprio
Espírito Santo reze em nós. É o Espírito Santo que nos ensina a rezar, guia na
oração e faz rezar como filhos.
As
sete testemunhas que hoje foram canonizadas também travaram o bom combate da fé
e do amor através da oração. “Que Deus nos conceda também a nós, pelo exemplo e
intercessão delas, ser homens e mulheres de oração; gritar a Deus dia e noite,
sem nos cansarmos; deixar que o Espírito Santo reze em nós, e orar apoiando-nos
mutuamente para permanecermos com os braços erguidos, até que vença a
Misericórdia Divina”, foi a oração final do Papa. (posted by NLira)
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