quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O Mistério da Anunciação do Anjo a Virgem Maria



Na origem do Santo Rosário temos as disposições da Providência de Deus e, ao mesmo tempo, a ação de pessoas humanas, inspiradas pelo Espírito Santo. O Rosário nasce desse admirável intercâmbio entre Deus e a humanidade. Desse modo, a divina Providência dispôs da oração do Rosário conforme as necessidades de cada época na história da salvação dos homens.

As orações da Ave-Maria, do Pai-nosso e o Creio



Quanto à origem mais remota do Santo Rosário, podemos dizer que este nasce no mistério da Anunciação, com a saudação do arcanjo São Gabriel a Virgem de Nazaré: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28). A oração tem sua continuidade nas palavras inspiradas pelo Espírito Santo que saíram da boca de Santa Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1, 42).
A segunda parte da “Ave-Maria” foi definida no Concílio de Éfeso, na Ásia Menor, no ano de 431, pelo Papa São Celestino I. Primeiramente o Santo Padre promulgou o dogma maternidade divina, ou seja, definiu como doutrina da Igreja Católica que “a Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Cristo, que é Deus”[1]. Em memória desta solene definição, o Concílio juntou à Saudação Angélica estas palavras simples, mas muito expressivas: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”[2].

O “Pai-nosso” tem sua origem também nas Sagradas Escrituras e foi o próprio Verbo de Deus encarnado que, a pedido dos discípulos, ensinou esta oração:

Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal (Mt 6, 9-13; cf. Lc 11, 2-4).

O “Creio” ou “Credo”, que também é conhecido como “Símbolo dos Apóstolos”, tem esse nome justamente porque tem a sua origem na fé ensinada pelos Apóstolos, nos primórdios da Igreja Católica. Como não havia muitos escritos e a catequese era precária, os fiéis eram instruídos a decorar o Símbolo dos Apóstolos como uma forma de declarar formalmente a sua fé.

Os santos recomendavam a todo povo de Deus que soubesse de cor o Símbolo dos Apóstolos: “Todo cristão é obrigado a saber o símbolo dos Apóstolos de cor” ensinava Santo Agostinho. “Quem não se empenha em aprendê-lo, torna-se gravemente culpado” lembrava Santo Tomás de Aquino, o Doutor Angélico. “Recitai todos os dias o vosso símbolo, nas orações da manhã e da noite, a fim de refrescar a vossa fé”, recomendava insistentemente Santo Agostinho. “O símbolo é a renovação do pacto concluído com Deus no Batismo” dizia São Pedro Crisólogo; “é uma couraça que nos protege contra os nossos inimigos”[3], explicava Santo Ambrósio aos fiéis.




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