segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Papa: “lupa da Igreja está apontada ao esquecido e excluído”

Neste domingo, 13, o Papa Francisco presidiu a Santa Missa na Basílica São Pedro por ocasião do Jubileu dos Socialmente Excluídos. “Se quiseres encontrar Deus, procura-o onde Ele está escondido: nos mais necessitados, nos doentes, nos famintos, nos presos”, disse.
Em seu discurso, o Santo Padre recordou que “neste mundo quase tudo passa, como a corrente da água”, e as riquezas que permanecem, seguramente são duas: o Senhor e o próximo. Os bens maiores que devemos amar”. Neste sentido, observou a lupa da Igreja está apontada ao irmão esquecido e excluído.
“As leituras do dia nos remetem precisamente àqueles que têm confiança no Senhor, que depõem a sua esperança n’Ele, escolhendo-O como bem supremo da vida e recusando-se a viver só para si mesmos e seus interesses. Para eles, pobres de si mas ricos de Deus, brilhará o sol da sua justiça: são os pobres em espírito, a quem Jesus promete o reino dos céus e dos quais Deus, pela boca do profeta Malaquias, declara: são meus”, disse Francisco.
O Pontífice explica que as leituras do dia contrapõe os que colocam a sua esperança no Senhor e os soberbos, aqueles que puseram na sua autossuficiência e nos bens do mundo a segurança da vida. E interpela sobre o sentido último da existência.
“Onde busco a minha segurança? No Senhor ou em outras seguranças que não são do agrado de Deus? Qual é a direção da minha vida, para onde olha o meu coração? Para o Senhor da vida ou para as coisas que passam e não saciam?”, questiona.
Da mesma forma o Evangelho de Lucas fala de conflitos, carestias, convulsões na terra e no céu. Mas Jesus não quer assustar, mas dizer que tudo aquilo que se vê passa inexoravelmente. Mesmo os reinos mais poderosos, os edifícios mais sagrados e as realidades mais firmes do mundo não duram para sempre; mais cedo ou mais tarde, caem.
Diante das palavras de Jesus sobre o final dos tempos, as pessoas ficam curiosas em saber: ‘quando sucederá isto? e qual será o sinal?’: “Sempre somos impelidos pela curiosidade: quer-se saber quando e receber sinais. Esta curiosidade, porém, não agrada a Jesus. Pelo contrário, exorta a não nos deixarmos enganar pelos pregadores apocalíticos. Quem segue Jesus não presta ouvidos aos profetas da desgraça, à futilidade dos horóscopos, às previsões que amedrontam, distraindo daquilo que conta. O Senhor convida a distinguir, dentre as muitas vozes que se ouvem, aquilo que vem d’Ele e o que vem do falso espírito. É importante distinguir entre o sábio convite que Deus nos dirige cada dia e o clamor de quem se serve do nome de Deus para assustar, sustentando divisões e medos”.

Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

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