quarta-feira, 20 de dezembro de 2017


Madre Thomas More e uma das participantes do reality show “Bad habits, Holy order”, transmitido na Grã-Bretanha pelo Canal 5.

No “Bad habits, holy orders”, um reality show no Canal 5 da TV inglesa, cinco jovens afastam-se de uma vida desregrada, e também da dependência, para refugiarem-se com as Irmãs Filhas do Amor Divino. E saem transformadas.

A bagagem é enorme. Quinze pares de sapatos, maquiagens, inúmeros vestidos que, ao invés de um mês, dariam para passar um ano no convento das Filhas do Amor Divino, em Swafham, Norfolk. São cinco jovens com, aproximadamente, vinte anos de idade. Paige, Gabbi, Tyla, Sarah e Rebecca que, impelidas pelo desejo de viver, buscam uma reabilitação através da convivência, de um mês, com estas Irmãs de clausura, num convento a poucas horas de Londres. A convivência é narrada no reality show “Bad habits, Holy order” ou seja, “Maus hábitos, ordens sagradas” que vai ao ar no canal 5 da Inglaterra.
O começo é um pouco traumático porque precisam trocar as minissaias e as botas por roupas modestas; entregar os celulares que costumam usar por até 10 horas consecutivas; abandonar as maquiagens; dormir às 22h quando, normalmente, nesse horário, vão a bares para embriagarem-se; por fim, levantar pela manhã às 7:15h para participarem da Missa. No quarto nenhuma televisão, nem espelhos. Apenas uma câmera fotográfica para registrar as impressões e o carinho das Irmãs que as ajudam, até no vestirem-se. As Irmãs Francis, Michaela, Thomas More e Anna não se escandalizam ao saber que as jovens bebem muito e já perderam a conta de com quantos homens fizeram sexo.
Rebecca costuma beber todos os dias da semana enquanto que Gabbi é dependente das redes sociais, motivo de grande preocupação para seus pais. 
O caminho das discotecas à oração é longo. No entanto, as jovens estão, realmente, procurando um novo sentido de vida e as Irmãs sabem como ajuda-las. Oferecem uma possibilidade de mudança através do prazer em trabalhar numa comunidade. Associado a isso, oferecem jogos de tênis ou basquete e momentos de canções acompanhadas pela guitarra.
Ao encontrar uma garrafa de vodka escondida, a Irmã Francis conversa explicando que o problema não é a violação das normas, mas a ruptura de um relacionamento de confiança. O pai de Rebecca diz, também, que sofre por não mais reconhecer sua filha que era uma menina apaixonada pela dança e agora se entrega aos prazeres da noite. Ela chora porque reconhece o quanto perdeu por ter traído a confiança de seus pais a quem tanto ama. 
O silêncio, a oração no convento e o amor das Irmãs fazem milagre. Se “Bad habits, holy orders” coloca o dedo na praga da secularização, que destrói a autoestima dos jovens substituindo-a pela dependência das redes sociais, do álcool e do sexo, o Evangelho, com sua mensagem esmagadora de verdade, é capaz de converter.
“Era por volta das 22h quando, improvisamente, provei o sentimento de felicidade”, conta Sarah durante a programação televisiva. “Percebi o quão infeliz eu era. De como, recorri à mídia, como forma de elevar o meu ego, sem no entanto chegar a lugar algum”. Fiquei um tanto deprimida antes de entrar no convento”, acrescenta Gabbi. Parecia ter perdido o controle da minha vida mas as freiras eram incríveis. Elas não nos julgaram. Simplesmente nos conduziram, ajudando-nos a encontrar as respostas que precisávamos. Agora estamos constantemente em contato com elas e nos tornamos amigas”. 
Assim, essas jovens mudaram suas vidas. Rebecca se inscreveu num curso de enfermagem. Paige trocou as casas noturnas pela equitação. Tyla assumiu um voluntariado, num serviço pelos sem teto. Gabbi enviou sua primeira foto sem maquiagem. Daquela experiência no convento, saíram jovens transformadas.
Texto publicado em italiano e traduzido por Luzia Valladão Ferreira (Posted by NLira)

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