"Jesus
é a porta que nos propicia amor, compreensão e proteção"
Cidade do Vaticano (RV) –
“Nossa vida não é um videogame e nem uma novela. Nossa vida é uma coisa séria e
o objetivo a alcançar é importante: a salvação eterna”. Assim disse o Papa em
sua reflexão neste domingo (21/08). Aos milhares de fiéis que neste domingo
ensolarado tomaram a Praça São Pedro, o Papa falou sobre a salvação
representada pela porta de Jesus, que conduz ao perdão do Pai.
Porta
de Jesus é sempre aberta para todos
“A
porta da misericórdia de Deus – prosseguiu – é sempre aberta para todos. Deus
não tem preferências, pois acolhe sempre todos, sem distinção. E a salvação que
Ele nos dá é um fluxo incessante de misericórdia que derruba qualquer barreira
e abre para surpreendentes perspectivas de luz e de paz”.
No
Evangelho de Lucas, Jesus adverte: “Esforçai-vos por entrar pela porta
estreita. Pois eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”.
“Esta porta não é estreita porque é oprimente – explicou o Papa – mas porque
assim, nós limitamos e contemos nosso orgulho e nosso medo; e nos abrimos com
coração humilde e confiante a Ele, reconhecendo-nos como pecadores e
necessitados de seu perdão”.
Em
silêncio para meditar com os fiéis
Improvisando,
o Papa propôs aos presentes que pensassem em silêncio alguns instantes nas
coisas que cada um têm dentro e que impedem que se atravesse esta porta: o
orgulho, a soberba, os pecados...
“Depois,
pensemos na outra porta, aquela que está escancarada... a da misericórdia de Deus que nos espera do
outro lado, para nos perdoar. Esta porta é a ocasião”.
Referindo-se
ainda à narração de Lucas, Francisco lembrou que “a um certo ponto, o dono da
casa se levanta e fecha a porta. “Mas se Deus é bom e nos ama, por que fecha a
porta? Porque nossa vida não é um videogame e nem uma novela. Nossa vida é uma
coisa séria e o objetivo a alcançar é importante: a salvação eterna. Ao entrar
pela porta de Jesus, a porta da fé e do Evangelho, deixamos para trás atitudes
mundanas, maus hábitos, egoísmos e fechamentos”.
Maria
nos ajude a compreender
A
exortação final do Pontífice foi a Maria: “a ela, peçamos que nos ajude a
entender as ocasiões que o Senhor nos oferece para atravessar a porta da fé e
percorrer uma estrada maior: o caminho da salvação, capaz de acolher todos os
que se deixam envolver pelo amor. É o amor que salva; é o amor que na terra é
fonte de bem-aventuranças para aqueles que na mansidão, na plenitude e na
justiça, se esquecem de si e se doam aos outros, especialmente aos mais frágeis”.
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