O monge estrangeiro não era
outro senão o Arcanjo Gabriel
No ano de 980, produziu-se no Monte Athos o
seguinte milagre: Nas proximidades do Skite do Pantocratos, em Karyes, onde se
encontra o Santo Mosteiro do Todo Poderoso (Pantocrator), existia uma cavidade
natural onde algumas celas monásticas eram edificadas. Uma era dedicada à
Dormição da Mãe de Deus, onde um Staretz (ancião) vivia com seu discípulo.
Certo dia, este Ancião dirigindo-se à Vigília
noturna, ordenou ao discípulo que ficasse na cela em vigília e oração. Ao
anoitecer, um monge estrangeiro, desconhecido do jovem, bate-lhe a porta. Ele
abre e convida-o a passar a noite na cela. Chegada a aurora daquele Domingo,
eles levantam para celebrarem juntos o Ofício de Orthros (Matinas).
Na nona Ode do Cânone (parte do ofício citado)
dá-se início ao antigo hino “Tu mais Venerável que os Querubins...”. O monge
estrangeiro, no entanto, começa diferentemente e canta: “Verdadeiramente é
digno e justo, que Te bendigamos, ó Bem-aventurada Mãe de Deus”, acrescentando
em seguida “Tu mais venerável que os Querubins... ".
O jovem pede ao estranho que escreva o hino para
ele também glorificar a Santíssima Mãe de Deus. Não havendo, no entanto, papel,
o monge estrangeiro escreve o hino numa placa de mármore com o seu dedo e
ordena ao jovem discípulo de glorificar sempre desta forma a Santíssima Mãe de
Deus, desaparecendo subitamente. As letras ficaram gravadas sobre a pedra, como
sobre a argila e o discípulo entende que o visitante era um Anjo de Deus.
Ao retornar à cela, o Ancião encontra seu discípulo. Este conta o ocorrido e mostra-lhe a placa (...). A placa de mármore foi enviada à piedosa comunidade da Santa Montanha, em Constantinopla, ao Patriarca e ao rei. A partir de então, o Hino foi difundido e cantado por todos os Ortodoxos em honra à Santíssima Mãe de Deus.
Ao retornar à cela, o Ancião encontra seu discípulo. Este conta o ocorrido e mostra-lhe a placa (...). A placa de mármore foi enviada à piedosa comunidade da Santa Montanha, em Constantinopla, ao Patriarca e ao rei. A partir de então, o Hino foi difundido e cantado por todos os Ortodoxos em honra à Santíssima Mãe de Deus.
O Ícone da Mãe de Deus foi transferido para a
igreja do Pantocrator, onde permanece até hoje, no interior do Santuário, sob o
Trono. A cela toma, desde então, o nome de “Axion Estin” (Hino Angélico
“Verdadeiramente é digno e justo”) e o lugar foi nomeado “Adein” (cantar,
louvar).
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