terça-feira, 13 de dezembro de 2016



As duas virgens são mães:
Maria e a Igreja
O Advento lembra aos cristãos que Maria, como qualquer mãe, esperou o nascimento de Jesus, principalmente porque ela viveu esta experiência humana, tão comum e extraordinária: a da mulher que leva uma criança em seu ventre.
Isaac de l’Étoile traçou um paralelo entre Maria e a Igreja: Ambas são mães e ambas são virgens; ambas concebem virginalmente do mesmo Espírito; ambas, sem pecado, dão progenitura, descendência a Deus Pai. Uma, Maria, imune de todo o pecado, deu à luz a Cabeça deste corpo; a outra, a Igreja, na remissão de todos os pecados, deu à luz o corpo desta Cabeça.
A gestação de Maria remete à da Igreja, uma completando a outra, como segue afirmando Isaac de l´Étoile: “Uma e outra é Mãe de Cristo, mas nenhuma delas, sem a outra, deu à luz o Cristo total”.
Cristo é único, formando um todo, a Cabeça e o Corpo: único como Filho de um único Deus nos céus e de uma única mãe na terra. Muitos filhos e um só Filho. Pois, assim como a cabeça e os membros são um só Filho e ao mesmo tempo muitos filhos, assim também Maria e a Igreja são uma só Mãe e mais do que uma; uma só Virgem.
Isaac de l’Étoile acrescenta, em conclusão, um princípio que deveria guiar todos aqueles que escrevem sobre a Virgem Maria: “Igualmente, nas Escrituras divinamente inspiradas, o que se diz universalmente da Igreja Virgem-Mãe é compreendido de forma singular, de Maria Virgem-Mãe (e nós temos vontade de acrescentar ‘de forma recíproca’, e vice-versa’).

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