Nossa Senhora de Guadalupe: a Mulher vestida de sol
Para descrever a aparição de Guadalupe, bem poderíamos tomar uma página
da Bíblia, onde está escrito: Apareceu no céu um grande sinal (cf. Ap 12, 1).
Aqui, podemos dizer: apareceu na tilma de Juan Diego um grande
sinal. Podemos dizer isso por que exatamente o que apareceu no céu no
Apocalipse apareceu também no manto pobre, de tecido paupérrimo: uma Mulher
vestida de Sol. A Virgem de Guadalupe é a imagem de Nossa Senhora com raios de
sol em volta. Debaixo dos seus pés, a lua, como está descrito na passagem. No
Apocalipse, a Mulher tinha na cabeça uma coroa de 12 estrelas. Na imagem de
Guadalupe, a Virgem está também vestida de estrelas, no seu manto sagrado. A
Mulher do Apocalipse estava grávida (cf. Ap 12, 2), o que vemos também na
imagem de Guadalupe.
A Virgem Maria aparece a Juan Diego com as vestes da imperatriz asteca,
grávida do imperador. Uma Mulher grávida, e o dragão queria devorar o seu Filho
(cf. Ap 12, 4). Essa Mulher então, depois de nascido o Filho, que sobre aos
Céus (cf. Ap 12, 5), vai travar uma batalha: a batalha do fim dos tempos, com o
restante dos seus filhos (cf. Ap 12, 13-17). Essa página do Apocalipse é a
chave de leitura do que Nossa Senhora fez no México. Ela aparece
verdadeiramente vestida de sol, verdadeiramente grávida, verdadeiramente como
um exército em ordem de batalha.
O contexto da aparição de Nossa Senhora em Guadalupe
As palavras que Nossa Senhora dirigiu a São Juan Diego são de quem sabe
que está com seus filhos numa batalha, exatamente para acalmá-los, pois estão
aterrorizados pela miséria do diabo. O povo do México estava subjugado debaixo
do poder de Satanás. A religião asteca, podemos dizer sem medo de errar, era
uma religião satânica. Esse exemplo serve para que muita gente aprenda a não
considerar todas as religiões como boas. Pois, há pessoas que dizem: “o
importante é acreditar em alguma coisa”. Não! O importante não é acreditar em
alguma coisa. O importante é acreditar na verdade revelada por nosso Senhor
Jesus Cristo. A religião asteca era satânica e a este deus satânico imolavam
milhares de seres humanos. Os astecas faziam sacrifícios humanos, sangue humano
era derramado para satisfazer essa sede de mortes deste deus satânico.
Em bom tempo, com a graça de Deus, os cristãos vieram para livrar aquele
povo da opressão de um deus falso e de uma civilização que destruía os seus
próprios filhos. Quando os conquistadores espanhóis derrotaram o império asteca
e puseram a paz no México, as tribos vizinhas, que foram durante milênios
oprimidas – seus filhos eram pegos para serem sacrificados aos ídolos – quando
o conquistador cristão fez a paz, disseram: “não, nós não vamos aceitar a paz.
Vamos exterminar os astecas e enquanto o último deles não estiver morto, nós
não vamos descansar. Porque se um deles sobreviver, virão de novo nos oprimir”.
E então aconteceu a grande matança no México, que os nossos livros de história
atribuem aos cristãos. Na verdade, eram os índios que estavam fartos daquela
opressão medonha durante séculos. Como eles não eram cristãos – nós sabemos que
se pode travar uma guerra justa e, uma vez que se alcançou a vitória, cessam as
armas – os índios pagãos não quiseram saber de paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário