BRASILEIROS DIZEM NÃO AO ABORTO
Não adianta. O povo brasileiro é majoritariamente
contra o aborto, gostem as feministas ou não. É o que revela uma nova pesquisa, divulgada recentemente pelo Instituto Paraná Pesquisas, na
qual 73% dos brasileiros se dizem contrários à interrupção voluntária da
gravidez. Mais: entre as mulheres, a rejeição chega a um número ainda maior:
78%. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 8 de dezembro de 2016,
abrangendo um número de 2.016 eleitores de todo o Brasil.
Em primeiro lugar, trata-se de mais um banho de
água fria nas pretensões das grandes fundações internacionais que, ano após
ano, tentam implantar a "cultura da morte" no Brasil. Como se sabe,
desde os anos 1960, várias fundações internacionais trabalham para mudar as
leis brasileiras a fim de adequá-las ao seu projeto de controle populacional.
E, embora muitos prefiram fechar os olhos para esse imperialismo contra a
soberania nacional, o fato é que bilhões de dólares já foram investidos nesse
projeto megalomaníaco. Vejam: a própria Fundação Ford, reconhecida no mundo todo por sua militância
pela descriminalização do aborto, afirma ter gasto na América Latina, entre os
anos de 1962 e 2012, mais de US$ 1 bilhão. No seu relatório para os
anos de 1990, ela confessa: "[...] o Quadro de Conselheiros aprovou
recentemente um orçamento de U$ 125 milhões para um período de 10 anos com a
finalidade de reorganizar um programa que fará dos direitos reprodutivos sua
peça central”.
A afirmação é categórica. Não existe teoria da
conspiração. Não existe má vontade. Não existe preconceito cristão. O que
existe, e os documentos estão aí para provar, é um grupo de globalistas,
obcecados por uma agenda ideológica e totalitária, tentando impor à população
brasileira algo profundamente contrário à sua natureza, cultura e
religiosidade. Essas pessoas não estão minimamente comprometidas com a causa
das mulheres, com os direitos humanos dos brasileiros. Se assim fosse, a
Constituição brasileira, a qual tutela os verdadeiros direitos dos cidadãos
deste país, não seria solenemente rasgada por arautos do ativismo judicial. A população brasileira não
seria insultada publicamente por seus juízes, aos quais, como declarou o ministro Luiz Fux, não se deve pedir nem mesmo
satisfações.
Em segundo lugar, a pesquisa apenas traduz uma convicção enraizada
no íntimo do povo brasileiro, convicção esta que nem mesmo os meios de
comunicação podem arrancar. Mesmo depois de uma decisão absurda da 1ª Turma do
STF e de uma reportagem alarmista no Fantástico, a convicção natural e óbvia de que a vida humana começa na
fecundação persiste no coração dos brasileiros. Não foi por menos
que a Advocacia-Geral do Senado enviou ao mesmo Supremo Tribunal Federal um parecer contrário à legalização do aborto em caso de Zika,
baseado na "repulsa ao aborto" que "está profundamente arraigada
na cultura brasileira". Os senadores — que, diferentemente dos ministros,
devem satisfações à nação — conhecem seus eleitores e sabem que eles não
aceitarão passivamente tamanho atentado ao mais importante dos direitos
humanos: o direito à vida.
"A legislação que regula a matéria foi
outorgada pelo Presidente da República em um período de fechamento do Congresso
Nacional, pela via do Decreto-Lei, sob a égide de uma Constituição também
outorgada. A partir dessa constatação, poder-se-ia suscitar a possibilidade de
questionamento sobre a legitimidade de esta Advocacia do Senado defender os
seus termos, ainda nos dias atuais.
Observa-se, no entanto, e para além de qualquer
dúvida razoável, que os parlamentares desejosos de promover mudanças na
legislação sobre o tema jamais contaram com força persuasiva suficiente para
convencer em número suficiente os seus pares. Portanto, as disposições do
Código Penal relativas ao ponto em discussão ainda vigem, passados mais de 75
anos de sua edição, não por mera omissão ou distração, mas pela vontade da maioria
do Congresso Nacional." (Grifos nossos).
Não existe omissão ou negligência do Congresso
Nacional com relação às disposições do Código Penal referentes ao crime de
aborto. O que há, sim, é um compromisso da população brasileira com a vida, que
se reflete na vontade da maioria dos congressistas. O Supremo Tribunal Federal,
portanto, não tem justificativa nenhuma para legislar a favor de uma minoria
que, não está comprometida com a verdade e a soberania nacional, mas com uma
agenda política internacional e antinatalista.
Um esclarecimento é necessário, porém. Ainda que
essa pesquisa trouxesse um resultado diferente e, para espanto geral, revelasse
que o povo brasileiro, depois de tantas "campanhas de conscientização",
é agora favorável ao aborto, o aborto continuaria a ser crime contra a vida,
contra um indefeso ser humano dentro do útero de sua mãe. Isso porque o início
da vida humana, ao contrário do que postula o ministro Luiz Barroso, não é "uma
escolha religiosa ou filosófica", mas uma verdade evidente. E não é
preciso ser cristão para reconhecer isso. Não é preciso provar o que é
evidente. Um ser que possui DNA humano não pode ser outra coisa senão um ser
humano; ou seja, "é já um homem aquele que o será".
Na vigília pela vida nascente, em 2010, o papa emérito Bento
XVI já denunciava certas "tendências culturais que buscam anestesiar as
consciências com motivações espúrias", motivações que muitas vezes se
camuflam de falsos direitos e necessidades. Contra isso, o papa lembrava que
todo ser humano "é um sujeito capaz de entender e desejar, autoconsciente
e livre, irrepetível e insubstituível, vértice de todas as realidades terrenas,
que exige ser reconhecido como valor em si mesmo e merece ser acolhido sempre
com respeito e amor". Não importa se ele já está na
chamada "melhor idade" ou ainda está no terceiro mês de gestação.
"Com relação ao embrião no ventre materno", explicava o Santo Padre,
"a própria ciência coloca em evidência a autonomia capaz de interação com
a mãe, a coordenação dos processos biológicos, a continuidade do
desenvolvimento, a crescente complexidade do organismo". De fato, o
embrião não é "[...] um acúmulo de material biológico, mas [...] um novo
ser vivente, dinâmico e maravilhosamente ordenado, um novo indivíduo da espécie
humana". E isso não é questão de opinião pública.
O povo brasileiro sabe que se trata disso, sabe
que se trata de algo não opinável, mas de uma questão que merece nossa defesa
intransigente. Isso explica por que após tantos ataques dissimulados e
vergonhosos à sua constituição, o Brasil continua resoluto na sua posição provida.
E assim deverá permanecer para horror daqueles que advogam o contrário. No pasarán! (Equipe
Christo Nihil Praeponere)
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